domingo, 31 de maio de 2009

O coração dela precisa de um beijo

Eu sei bem, Moça Bonita, que nenhuma das experiências lhe acalmou o coração. O seu MAIS é muito MAIS do que o mais comum, do lugar comum dos mais. Eu sei que o aperto é menos forte, que o afago mais afago, que o toque mais seu que do outro.
Eu vi. Como se sabe, eu estava lá.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A quietude dela...

Ela sempre tem estes seus momentos de ficar assim calada...
Assim introspectiva...
Assim quieta, assim na dela, assim sem aparecer...

É quando ela precisa dar umas voltas por dentro dela mesma.
É quando ela se olha no espelho.
É quando ela se esconde de mim.
Mas estou sempre a tocá-la em silêncio.

Porque Alice... Ela nunca fica só.

terça-feira, 5 de maio de 2009

E Alice não vê

Eela, que agora não consegue dormir, nem percebe que afago seus cabelos e lhe faço carinho...

domingo, 3 de maio de 2009

Divagações

Às vezes me sinto abandonada por Ela. Porque passam dias e Ela nem me nota. Nem me olha, nem me bota reparo. E eu continuo seguindo. Estou grudada N’ela. Faço até parte D’ela. E isso é uma condição da minha existência (se é que isso é existir). Sem a essência D’ela, com toda a peculiaridade inerente a Ela, eu não sou. E simplesmente não.

Então às vezes provoco, me escondo, brinco. Sozinha. Como se Ela brincasse comigo também. Torna o meu eu mais praticável e existível. Torna-me real. Assim eu acabo acontecendo e sendo. Eu tenho é medo de deixar de ser ou acontecer e ficar largada ao léu, em inércia, coma, vegetal, se não sofismar do meu próprio baile solitário.

Eu não tenho nada além D’ela e da subsistência D’ela. Me acostumei assim. Porque vivo redeada D’ela e das coisas D’ela. Não imagino como poderia ser diferente. E se poderia. Eu nasci (se é que eu que nasço) assim. É como uma pedra que nasce pedra ou é pedra. Não sabe o que seria, ou se poderia ser, se fosse uma borboleta, um sentimento ou uma coisa. Uma coisa qualquer.

Já eu, que me sou sombra sempre, até no limite do ilimitável, só sei ser sombra. E meu medo não é deixá-la. Porque deixá-la seria deixar-me também. Meu único medo é acabar por coexistir como estátua se não usar de meus subterfúgios para continuar sendo eu, mim, Sombra D’ela, misteriosa, constante e escura.

Alice tem medo do escuro. E eu tenho medo de não ser o escuro.

Ela escuta...

- Não sei como não morri na época que fumava dois maços de cigarro por dia…

- É… Não costuma ser instantâneo não, né?

(tem gente que fala cada coisa numa sexta-feira treze…)

Monaliza fala cada coisa...

- Alice, Já deu 15 e sessenta aí?

- …

- Deu quinze e sessenta minutos aí?

- Ah! Não. São quinze e cinquenta e dois minutos… Faltam só oito.
s
(doida).

Alguém disse:

Alice,

vai fazer alguma coisa hj? eu acho que vou assistir globo reporter e dormir com barulho da chuva!!!!!
to de TPM, ta foda….
acho que nunca estive tao mal humorada…vontade de sumir…to precisando de gritar! vc me escuta?
tenho o corpo cansado de sambar noite e dia!

Sobre Você, Alice.

Pois que estava olhando uns e-mails quando me veio uma vontade enorme de escrever pra você.
Não sei ao certo se estava pensando em você, se apareceu seu rosto como um relâmpago na minha mente, se teve haver com cheiro, música ou coisa que valha.

Mas a vontade foi virando vontade de escrever sobre você, o que é bem diferente. Porque assim posso me dirigir única e exclusivamente à sua pessoa. E como o meu desejo é revelar para o mundo os teus mais íntimos segredos, melhor assim. Falar de você. Mais sincero e mais exato. Ao menos na minha versão.

E você, Alice, que diferença vem fazendo?

Não, Alice, não sou eu quem existo em você, é você que me faz com seu sol.

Anestésico

De fato vocês estão todos anestesiados.
A TV, a internet, o rádio, a mídia impressa… Sabem das revoltas nas cadeias em São Paulo, do ônibus que foi seqüestrado no Rio, do policial assassino de Brasília, dos meninos mortos em beagá, da bandidagem dos políticos, da idiotice do presidente, da prostituição infantil, do preço do petróleo, do tráfico de órgãos, dos hackers de computador, da mortalidade infantil, das drogas, das armas, das escolas, dos hospitais.
Sabem que as suas crianças que vivem nos morros estão à disposição do tráfico, que tem policiais corruptos, sabem das condições das suas estradas e do perigo para seus familiares caminhoneiros, CPI é a sigla da moda, a saúde pública é caso de vida ou morte, que bandidos podem te seqüestrar ao meio dia, que não existem rampas nos prédios, que não tem cardápio en braile nos restaurantes, que a educação especial para os especiais é defeituosa. Sabem de tudo isso.
Sabem até o que aconteceu no dia 11 de setembro do outro lado do mundo. Sabem que estão destruindo a camada de ozônio e que terão cada vez mais tragédias da natureza. Sabem que temos pais alcoólatras bêbados pedófilos arruinando a vida dos seus pequenos. Sabem que existem fulanos depressivos suicidas pulando de janelas, que não chove a não sei quanto tempo em algumas colheitas e que a chuva acabou com outra plantação.
Sabem que estão acabando com as tribos de indiozinhos e que a a floresta vira indústria de cimento. Sabem da aids, do câncer, da hepatite, do estresse, da síndrome do pânico.
E estão anestesiados. Estão cegos, burros, surdos, débeis, idiotas, fracos, intocáveis.
Alice levanta todos os dias, sai de casa, sabe que pode ser assaltada, vê meninos de rua drogados, o trânsito uma bosta, a rua cheia de buraco, vai pro escritório, toma um antidepressivo, almoça com medo da gripe aviária, toma as drogas do regime, entra no elevador, vai pra casa, ajuda um cego a atravessar a rua, escota na rádio uma palhaçada ministral, chega em casa, liga a tv e pensa que seu afilhado pode ser seqüestrado, desliga a tv e liga o sistema de segurança, escuta um grito, toma um calmante e dorme.
Pra acordar no dia seguinte. Todos os dias.
Alice é só um exemplo da inércia humana em relação a si mesmo…

Aperto

Esse sono que mata
Essa angústia que aperta
Este andar descalço
Esta sombra que persegue



Esta sombra que persegue…



Alice não consegui passar daí.
De mim.

Recado dado

Eu vi quando ela recebeu:

“Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.”
(Clarice Lispector – Perto do coração selvagem)

Ta Douleur

Lève toi c’est décidéLaisse-moi te remplacerJe vais prendre ta douleur
Doucement sans faire de bruitComme on réveille la pluieJe vais prendre ta douleur
Elle lutte elle se débatMais ne résistera pasJe vais bloquer l’ascenseur…

Saboter l’interrupteur
Mais c’est qui cette incrustéeCet orage avant l’étéSale chipie de petite soeur?
Je vais tout lui confisquerSes fléchettes et son sifflet

Je vais lui donner la fessée…

La virer de la récrée
Mais c’est qui cette héritière

Qui se baigne qui se terre

Dans l’eau tiède de tes reins?
Je vais la priver de dessert

Lui faire mordre la poussière

De tous ceux qui n’ont plus faim…

De tous ceux qui n’ont plus rien
Dites moi que fout la science

A quand ce pont entre nos panses?

Si tu as mal là où t’as peur

Tu n’as pas mal là où je pense!
Qu’est-ce qu´elle veut cette conasse

Le beurre ou l’argent du beurre

Que tu vives ou que tu meurs?
Faut qu’elle crève de bonheur

Ou qu’elle change de godasses

Faut qu’elle croule sous les fleurs

Change de couleur…

Je vais jouer au docteur
Dites moi que fout la science

A quand ce pont entre nos panses?

Si tu as mal là où t’as peur

Tu n’as pas mal là où je chante!

Para de grilar!

Grilos, jardim, verde, rosas, jazz-mins, girassóis, brisas, bailarinas, bonecas de porcelana, banquinho, cravo e florisbela having fun, rede, cachoeira, água de beber, pássarinhos, sapos valdemar, sol e chuva, arco-íris, sanduíche, suco de laranja, água de côco, perfume de kenzo, música, dança, carinhos, abraços e sorrisos. E Sol. E Lua.
Porque, assim como o Sol, a Lua tem que trabalhar TODOS OS DIAS.

Um recado para Alice

Alice é tão, mas tão preocupada com os problemas do outros e quer tanto resolver tudo para que tudo fique bem, que acaba por despreocupar-se consigo mesma…

O pior é que isso a faz doer dor que não é sua.

Alice, minha querida Alice, vê se toma tento. A vida é o que acontece enquanto estás olhando pela janela!

Com Carinho, Sua Sombra.

Aviso

Agora vê se ACREDITA, Alice!
— A Lua avisou

E hoje...

Hoje Alice me vê muito bem. Quase em cima dela. Sol de meio dia. Estou exatamente em cima dela. E pra Ela servirei de relógio. Quando apontar para o lado das 18 horas, Alice vai me esquecer por completo e vai-se embora (comigo, claro) feliz da vida por mais um dia de trabalho no CIRCO DE HITLLER!

Relógio de sol

Preferíamos um assim. Pra passar o tempo rápido qualquer coisa serve…

Sobre o que Ela precisa

Ela precisa de LIBERDADE, mundo…

Metades

Hoje foi a metade dela
e a minha que não queriam levantar da cama…

Changlas penduradas

E enquanto eu não apontar para o lado das 18 horas desta sexta-feira, Alice não vai pendurar suas “changlas” e flutuar comigo nos sonhos…

Metade

Porque metade de mim é a platéia. E a outra parte também. Todas as minhas metades dormem e acordam juntas. Porque metade de mim é a platéia. E só.

Começando

No fundo, no fundo, Ela quer que a deixem em paz. Quer colocar a roupa de domingo e parar um pouco de pensar no futuro. Acender um cigarro, talvez. Uma lata de cervaja gelada. E um bom par de mãos de massagens corporais.

Alice só

“Bastava adular tiquinho seu… e talves eu não tenha visto isso… mas entenda o adular: ser melhor amiga, estar mais presente no SEU e não somente no MEU….
Só ser sua amiga… acho que é isso…”
Como dizia Alice, Tudo dói dói tudo.

- 12/fevereiro/2009